quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Contos de aeroporto.

Há alguns dias fiz minha primeira viagem de volta ao Brasil. Fiquei uns dias por lá, mas já estou de volta à Guiné. Pelo mesmo motivo fiquei sem publicar esses dias. Como ando trabalhando muito, e por isso não tive tempo algum de fazer turismo aqui, o que posso fazer é contar dos meus “quase-turismos”. Ando voando bastante, e o tempo em terra se resume a trabalho e cama, pelo menos por enquanto. Como não pretendo falar de trabalho aqui, conto os causos aéreos.

Neste bate-e-volta pro Brasil, algumas anedotas. Fiz duas escalas que são ironicamente sofríveis. Indo pro Brasil, pousei em Fernando de Noronha. E voltando pra Guiné, fiz escala em Paris. Tudo maravilhoso, não fosse o detalhe que só pude ver esses dois lugares da janelinha. Pousar em Fernando de Noronha, ficar trancado uma hora dentro do avião, sem poder descer, vendo gente chegar de bermudinha, biquíni e pranchas de surf é de doer o coração. Acontece que o voo sai de Conakry, pousa em Noronha para reabastecimento e depois segue viagem. Como não há Polícia Federal lá, fica proibido descer do avião, por se tratar de um voo internacional. Segue foto da janelinha do avião em Noronha, um lugar que fiz um “quase-turismo”:

Fiquei vendo essa cena 1 hora dentro do avião. É sacanagem!



Na volta, dessa vez, passei por Paris. Torci bastante pro vulcão islandês de 15 consoantes estourar denovo e eu ser “obrigado” a ficar em Paris uns 10 dias. Mas nada de vulcão estourar, nem de neve fechar o aeroporto. Final das contas não fiquei nem 30 minutos em Paris. Outra de partir o coração. Cheguei a sentir o geladinho de 7C que estava fazendo na França, mas ficou por isso. Direto pra Guiné!

Ainda na volta pro Brasil, dois fatos curiosos:

Primeiro que nosso avião atrasou umas 3h para sair de Conakry, pois um avião que pousou antes esqueceu de descer o trem de pouso e acabou fazendo uma aterrisagem pouco ortodoxa: de peito mesmo. Então, até que chegasse o guindaste, o caminhão e fizessem uma inspeção na pista pra ver se não tinha ficado nada pra trás, o voo atrasou. Seguem fotos com o tal avião sendo rebocado sem as rodinhas.

Reparem que as rodas são do caminhão e não do avião!

Última escala de todas


Reparem na qualidade do caminhão de socorro do aeroporto. Quase que não aguenta. Além do caminhão, durante essa confusão, muitos “agentes” do aeroporto passavam pra cima e pra baixo na pista de pouso com seus carros “ajudando” na solução de problemas. Alguns bebiam uma cerveja longneck e outros andavam com o carro de porta aberta. Enquanto isso um piloto trafegava pra cima e pra baixo com sua lambretinha para averiguar a situação. Um verdadeiro show de organização. Depois de um tempo, o guindaste chegou, colocou o avião no caminhão que o levou até um canto do aeroporto. Provavelmente o último destino de sua existência. Do caminhão, não do avião! 

Durante todo esse tempo de espera, pude aproveitar as maravilhas do Free Shop de Conakry:

Free Shop do aeroporto de Conakry. Especialidades: Springles, Coca-Cola e Papel Higiênico. Um verdadeiro deleite pra quem gosta de compras.


E mais anedotas por vir... ( o caso do guarda-gorila e mais! Não percam!)